Eis uma coletânea de poemas que estimulam a exploração dos recursos sonoros de que dispõe a palavra. Às vezes, só precisamos abrir a cortina de sons que está por trás de cada narrativa versificada. Os efeitos vão surgindo, tal qual uma pintura sonora. Em outras ocasiões, é o próprio ritmo da palavra que norteia a fala, acelerando, retardando ou criando uma ginga com palavras, capaz de transformar o poema em dança. Sim, porque quem fala, esboça com suavidade o canto e a dança... A voz falada, assim como a voz cantada, abriga todas as propriedades do som: timbre, duração, altura e intensidade. Sem falar na textura sonora, em que a forma e a orquestração do poema, povoando com mais ou menos vozes, são capazes de ressaltar elementos significativos do texto. Poemas Sonoros trata-se de um conjunto de poemas para brincar, destacando, através da forma lúdica de lidar com os sons, os sentidos denotativos e conotativos. Boa diversão!